quarta-feira, abril 18, 2007
segunda-feira, janeiro 29, 2007
As cidades
Nos últimos anos têm vindo a aumentar as cidades como actores económicos. Elas unem-se para promover os investimentos e gerarem novas formas de emprego e de riqueza. Mas quando se olha para Lisboa apenas vemos os buracos, ou melhor, as bexigas do Engº Carmona a problematizar a promoção desse investimento. Primeiro com Pedro Santana Lopes, depois com Carmona - Lisboa está a marcar passo e a ficar cada vez mais periférica dos principais centros de desenvolvimento urbano da Europa e do mundo. Quando se olha hoje para Lisboa desejamos sonhar na e com a cidade, mas o que realmente acontece são pesadelos múltiplos.
Ver mais aqui...
sábado, dezembro 09, 2006
A ler no macroscopio
Citamos os dois últimos parágrafos deste interessante, sagaz e lúcido texto de sociologia da comunicação respeitante aos novos jogos electróncos e ao modo como fragmentam a possibilidade de raciocinar e reflectir nos nossos dias.
(...)
quarta-feira, dezembro 06, 2006
"Jagunços ou lacaios" no Jumento e no Macroscópio.
Aparentemente, é uma estranha discussão, com estranhos conceitos, reflectindo estranhas realidades: a nossa estranha realidade. Mas quando se lê até ao final percebe-se que os jagunços e os lacaios andam aí, e em força distribuídos entre os meios de comunicação social, contaminando, poluindo, intoxicando, manipulando. Vale a pena ler e reler o pontapé de saída dado pelo Jumento que o Macroscópio retomou. Boa complementaridade. Excelentes sinergias...
Recomenda-se vivamente.
quarta-feira, agosto 30, 2006
WebSemantic
Lançamos mais um blog: o WebSemantic. Que já conta com duas ligeiras reflexões. Esperemos aqui poder alimentá-lo sempre que possível nesta nova máquina que é a blogosfera, uma máquina de silogismos onde tudo tem relação com tudo. Basta saber ligar as pontas. Pois não podemos esquecer que a forma como cada um de nós descreve o mundo é inteiramente pessoal, mas o nome que cada qual dá às coisas, às pessoas e às situações já varia. Daí a necessidade da WebSemantica ora criada. Esperemos que ela nos ajude a tirar a cabeça da areia, como faz a avestruz para (ilusóriamente) se proteger do leão...
terça-feira, agosto 01, 2006
Resultado da reunião com o ministro Mariano Gago
SOBRE AS DECLARAÇÕES DE MARIANO GAGO À COMUNICAÇÃO SOCIAL
O SNESup e a FENPROF deram já, com toda a justificação, nota positiva à reunião ontem realizada com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, muito embora se tenha ficado por agora bastante aquém dos objectivos enunciados nas "Seis medidas para a estabilidade profissional e para a protecção em caso de desemprego".
Vale a pena dizer entretanto que as declarações prestadas pelo Ministro à comunicação social depois da reunião, designadamente a de que "não é razoável que uma pessoa com uma qualificação superior e que tenha sido durante vários anos docente do ensino superior, só porque a escola onde está a trabalhar neste momento não tem estudantes, fique no desemprego" representam um importante encorajamento à luta que vimos protagonizando em defesa do emprego docente qualificado, e uma demarcação clara em relação às instituições, tanto politécnicas como universitárias que desenvolvem estratégias de precarização dos vínculos do seu pessoal docente, e não se coibem de afastar docentes com elevados níveis de qualificação a pretexto da falta de candidaturas.
Seguem hoje para o Ministério, aproveitando os canais de comunicação abertos na reunião, os primeiros relatos relativos a decisões de redução do pessoal docente por parte de instituições de ensino superior que, aparentemente, não partilham a preocupação agora expressa pelo Ministro. Estando tudo em aberto quanto ao financiamento do próximo ano lectivo, esperamos que a tutela possa esclarecer as instituições em causa de que é possível e necessário manter em funções a generalidade do pessoal docente que agora se pretende, com alguma precipitação, dispensar.
Para que possamos manter o ritmo de envio de esclarecimentos, necessitamos que todos os associados nos comuniquem, mesmo durante o corrente mês de Agosto, os processos de redução de pessoal de que tiverem conhecimento.
O SNESup e a FENPROF deram já, com toda a justificação, nota positiva à reunião ontem realizada com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, muito embora se tenha ficado por agora bastante aquém dos objectivos enunciados nas "Seis medidas para a estabilidade profissional e para a protecção em caso de desemprego".
Vale a pena dizer entretanto que as declarações prestadas pelo Ministro à comunicação social depois da reunião, designadamente a de que "não é razoável que uma pessoa com uma qualificação superior e que tenha sido durante vários anos docente do ensino superior, só porque a escola onde está a trabalhar neste momento não tem estudantes, fique no desemprego" representam um importante encorajamento à luta que vimos protagonizando em defesa do emprego docente qualificado, e uma demarcação clara em relação às instituições, tanto politécnicas como universitárias que desenvolvem estratégias de precarização dos vínculos do seu pessoal docente, e não se coibem de afastar docentes com elevados níveis de qualificação a pretexto da falta de candidaturas.
Seguem hoje para o Ministério, aproveitando os canais de comunicação abertos na reunião, os primeiros relatos relativos a decisões de redução do pessoal docente por parte de instituições de ensino superior que, aparentemente, não partilham a preocupação agora expressa pelo Ministro. Estando tudo em aberto quanto ao financiamento do próximo ano lectivo, esperamos que a tutela possa esclarecer as instituições em causa de que é possível e necessário manter em funções a generalidade do pessoal docente que agora se pretende, com alguma precipitação, dispensar.
Para que possamos manter o ritmo de envio de esclarecimentos, necessitamos que todos os associados nos comuniquem, mesmo durante o corrente mês de Agosto, os processos de redução de pessoal de que tiverem conhecimento.
quarta-feira, julho 26, 2006
Ensino superior
DOCENTES SEM REMUNERAÇÃO ...
Entre as práticas que têm desfigurado o Estatuto da Carreira Docente Universitária (ECDU) está a admissão, em várias instituições, da existência de docentes que exercem funções sem remuneração, chegando a celebrar-se contratos a 0 %, quando apenas é legalmente admissível a contratação de docentes convidados entre 20 e 60 % do tempo de serviço e remuneração correspondentes ao tempo integral.
Esta possibilidade chegou a existir no diploma anterior ao ECDU - o Decreto-Lei nº 132/70 - mas o Estatuto não acolheu a continuidade do "assistente livre".
Tanto quanto temos podido apurar, a maioria dos casos de exercício de funções sem remuneração, que já atinge expressão elevada numa das nossas instituições de referência, caem numa das seguintes situações:
- os interessados não chegam a obter parecer favorável do Conselho Científico ou despacho reitoral de autorização do contrato, conformando - se com o exercício de funções a título gratuito, na expectativa de que em futuros processos de admissão esta subserviência lhe garantirá prioridade sobre os que se candidatam pelas vias usuais;
- os interessados são formalmente contratados a 0 % e retiram, do título e qualidade de Professor, vantagens para o exercício de outras actividades profissionais, havendo até casos em que exercem funções em associações empresariais e outros lobbies que se aproveitam da exibição do Professor da Faculdade "F "ou do Instituto Superior "I".
Para além de se reforçarem por esta via os obstáculos à contratação de jovens doutorados, nenhuma destas situações dignifica o ensino superior ou contribui para garantir a independência e credibilidade das instituições, pelo que aqui apelamos para que os órgãos de gestão lhes ponham termo.
Entre as práticas que têm desfigurado o Estatuto da Carreira Docente Universitária (ECDU) está a admissão, em várias instituições, da existência de docentes que exercem funções sem remuneração, chegando a celebrar-se contratos a 0 %, quando apenas é legalmente admissível a contratação de docentes convidados entre 20 e 60 % do tempo de serviço e remuneração correspondentes ao tempo integral.
Esta possibilidade chegou a existir no diploma anterior ao ECDU - o Decreto-Lei nº 132/70 - mas o Estatuto não acolheu a continuidade do "assistente livre".
Tanto quanto temos podido apurar, a maioria dos casos de exercício de funções sem remuneração, que já atinge expressão elevada numa das nossas instituições de referência, caem numa das seguintes situações:
- os interessados não chegam a obter parecer favorável do Conselho Científico ou despacho reitoral de autorização do contrato, conformando - se com o exercício de funções a título gratuito, na expectativa de que em futuros processos de admissão esta subserviência lhe garantirá prioridade sobre os que se candidatam pelas vias usuais;
- os interessados são formalmente contratados a 0 % e retiram, do título e qualidade de Professor, vantagens para o exercício de outras actividades profissionais, havendo até casos em que exercem funções em associações empresariais e outros lobbies que se aproveitam da exibição do Professor da Faculdade "F "ou do Instituto Superior "I".
Para além de se reforçarem por esta via os obstáculos à contratação de jovens doutorados, nenhuma destas situações dignifica o ensino superior ou contribui para garantir a independência e credibilidade das instituições, pelo que aqui apelamos para que os órgãos de gestão lhes ponham termo.